Índia e Paquistão trocam acusações de desrespeito a cessar-fogo
10/05/2025
(Foto: Reprodução) Poucas horas depois do anúncio de trégua, moradores relataram novos disparos na região em conflito. Índia e Paquistão trocam acusações de desrespeito a cessar-fogo
Índia e Paquistão estão há dias em conflito. Neste sábado (10), concordaram com uma pausa, mas horas depois, trocaram acusações de desrespeito ao cessar-fogo.
O presidente Donald Trump anunciou a trégua numa rede social pela manhã. "Depois de uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo total e imediato. Parabéns aos dois países pelo bom senso e pela grande inteligência", escreveu.
O Secretário de Estado Americano, Marco Rubio, explicou que ele e o vice-presidente J.D. Vance conversaram nas últimas 48 horas com os governos dos dois países. E que Índia e Paquistão tinham se comprometido a ampliar o diálogo num local neutro.
Dos dois lados da fronteira, os moradores comemoraram a trégua. Em Karashi, no Paquistão, houve uma manifestação à luz de velas pelas ruas.
Mas, poucas horas depois do anúncio, moradores relataram novos disparos, e a Índia acusou o vizinho de retomar os bombardeios. Os ataques foram às cidades de Srinagar e Udhampur, na Caxemira indiana.
O Paquistão negou ter violado o cessar-fogo e afirmou que a Índia é que estava atacando. Os dois países declararam que vão retaliar.
Índia e Paquistão concordam em cessar-fogo na Caxemira, mas região sofre com novos ataques
TV Globo/Reprodução
A fragilidade da trégua preocupa o mundo porque tanto a Índia quanto o Paquistão têm armas nucleares. Nas últimas seis décadas, os dois países travaram três guerras para disputar o controle da Caxemira.
O atual conflito começou no mês passado com um ataque de militantes a turistas na área da Caxemira controlada pela Índia. O governo indiano acusou o Paquistão de abrigar os terroristas responsáveis pelo ataque e o conflito escalou.
Na quarta-feira (7), a Índia bombardeou o lado paquistanês da Caxemira e o Paquistão revidou. Na sexta (9), os dois países trocaram mais ataques. Os alvos eram bases militares.
Até agora, 66 pessoas morreram no conflito, o mais violento em duas décadas. Além da preocupação de uma escalada que leve a um confronto nuclear, uma nova guerra poderia causar muitas mortes porque a região é uma das mais densamente povoadas do mundo.
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